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Josep Tarradellas y José Martínez en la presentación del Ruedo Ibérico en la galeria Maeght. Barcelona, 20 de abril de 1978.A 14 de Maio de 1977, Ramón Viladás vai buscar José Martínez ao aeroporto del Prat em Barcelona. Chega com um passaporte e uma editora nova, a Sociedad Ibérica de Ediciones y Publicaciones. José Martínez deixa então de ser um exilado e perde o seu principal inimigo, o regime de Franco. A relação dialéctica que forjou grande parte do catálogo de Ruedo Ibérico passa a ser substituída por uma visão crítica do modo como se estava a desenvolver a transição democrática. Nem o mercado — com os livros políticos em inevitável retirada —, nem a situação económica da empresa, nem a tendência da transição permitirão que sobreviva o principal projecto editorial de oposição anti franquista, salvo numa dissidência marginal. Quando Ruedo Ibérico e a sua filial foram apresentadas em Espanha, a 20 de Abril de 1978 na galeria Maeght de Barcelona, com a assistência de um dos grandes patronos da editora – o presidente da Generalitat Josep Tarradellas –, o projecto estava a ponto de desaparecer. Os Cuadernos de Ruedo Ibérico durariam apenas mais um ano e a edição de livros apenas quatro.

De izquierda a derecha: Arturo Cabello, José Manuel Naredo,José Martínez y Antonio Pérez.Calibán, pág. 191A 22 de Outubro de 1982, Marianne Brüll escreve de Paris anunciando a impossibilidade de fazer frente aos credores. Ironicamente, seis dias mais tarde chegava ao poder o primeiro Governo democrático do PSOE e, com ele, alguns dos colaboradores da primeira década de Ruedo Ibérico. Paradoxalmente, o que a censura não tinha conseguido — acabar com Ruedo Ibérico — foi conseguido pela normalidade democrática. Apesar de estar orientada para o interior, a tragédia de Ruedo Ibérico é que nunca pôde deixar de ser uma editora do exílio.

Com sessenta anos, José Martínez teve de construir uma vida nova. Fernando Chueca Goitia arranjou-lhe um emprego no Instituto de Espanha e a 11 de Março de 1986 morreu acidentalmente. O seu volumoso arquivo pessoal e o de Ruedo Ibérico encontram-se depositados no Internationaal Instituut voor Sociale Geschiedenis de Amesterdão, custódio de importantes acervos relativos à história social. O arquivo encontra-se inventariado e aberto à consulta dos investigadores, como se pode ver na página web www.iisg.nl/ archives/html/r/10760597.html.

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